Em novembro de 2022, o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso por estuprar uma paciente enquanto ela estava sedada e passava por uma cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Stuart, em São João do Meretti, na Baixada Fluminense.
A ação foi filmada por funcionários do hospital enquanto ele cometia o crime. O médico foi indiciado e é réu por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
Para evitar esse tipo de situação no Paraná, o deputado Ney Leprevost votou favorável na Assembleia Legislativa ao projeto de Lei 478/22, de autoria da deputada Cristina Silvestri, que dá o direito as mulheres de, caso desejem, terem acompanhante nas salas de consultas e exames nos estabelecimentos públicos e privados de saúde em todos os casos que envolvam algum tipo de sedação.
Segundo o deputado Ney Leprevost,”99,9% dos médicos tem conduta ética exemplar no atendimento à mulher. Mas toda profissão tem indivíduos que não respeitam à lei e os princípios inerentes aos direitos do ser humano. Portanto, vejo que esta Lei irá proteger os médicos de falsas alegações e, principalmente, garantir o direito à saúde das mulheres de forma segura, reduzindo sua exposição a riscos durante consultas ou exames”, afirmou.
O parlamentar afirma que o direito ao acompanhante para mulheres que forem ser sedadas, resguarda profissionais de saúde e pacientes de eventuais abusos ou desconfianças.
Para a deputada Cristina Silvestri, autora do projeto “a proposta vai ao encontro da necessidade da mulher ser protegida, especialmente em momentos que fica exposta a uma série de constrangimentos, principalmente levando em conta os últimos episódios de violência noticiados no Brasil”, disse.