A partir desta quarta-feira (22/3), Curitiba inicia a aplicação da nova vacina contra Mpox para a população considerada mais vulnerável à doença, seguindo estritamente as diretrizes determinadas pelo Ministério da Saúde. Foram enviadas ao município 244 doses do novo imunizante.
De acordo com o determinado pelo Ministério da Saúde, a aplicação será direcionada para pessoas que vivem com HIV/aids e estão com CD4 inferior a 200; profissionais de laboratório de nível de biossegurança 3; além daquelas pessoas que tiveram contato de risco com caso suspeito ou confirmado de Mpox. A vacinação não acontecerá por busca direta. Veja mais detalhes abaixo de como vai funcionar para cada um dos grupos.
O esquema de vacinação contra a Mpox tem indicação de duas doses para cada pessoa, com intervalo de 28 dias entre cada aplicação. A vacina é contraindicada no caso de quem estiver com diagnóstico de Mpox ou apresentar uma lesão suspeita no momento da vacinação.
Vacinação pré-exposição
No caso da vacinação pré-exposição ao vírus, receberão as doses:
– Pessoas com 18 anos ou mais, vivendo com HIV/aids, com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses (condição que deixa o sistema imune menos capaz de combater determinadas infecções).
Há em Curitiba, atualmente, 210 pacientes neste perfil. Esses pacientes serão contactados diretamente pelo serviço que os acompanha, para realizar o agendamento da vacinação contra a Mpox.
Para essa vacinação pré-exposição, é recomendado um intervalo de 30 dias com qualquer vacina previamente administrada.
– O Ministério da Saúde também preconiza a vacinação de profissionais de laboratório com nível de biossegurança 3. No Paraná, os trabalhadores do Laboratório Central do Paraná (Lacen-PR), localizado em São José dos Pinhais, estão elencados neste critério. Neste caso, a vacinação não será realizada pelo município de Curitiba.
Vacinação pós-exposição
Já no caso da vacinação pós-exposição ao vírus, receberão as doses:
– Pessoas de 18 a 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com caso suspeito, provável ou confirmado para Mpox.
Em situação de pós-exposição, cujo principal objetivo é bloqueio da transmissão, não há recomendação de aguardar qualquer intervalo referente a outra vacina previamente administrada. A aplicação deve acontecer o mais breve possível.
O serviço de saúde que identificar um caso suspeito ou confirmado de Mpox deverá seguir o fluxo habitual de contato com a Vigilância Epidemiológica de sua região, que agendará a vacinação dos usuários que atendam aos critérios da vacinação pós-exposição.
Casos
No Brasil, segundo os últimos dados disponíveis, foram confirmados 10.878 casos desde o início do surto no ano passado. Desde setembro do ano passado, porém, o número de casos no país está em declínio considerável, após maior alta nos meses de julho e agosto de 2022.
Em Curitiba, foram confirmados 213 casos até o momento desde o início do surto no ano passado. Destes, apenas um ocorreu este ano. Trata-se de um caso importado. Os demais são referentes a casos registrados no ano passado.
Via Pref. de Curitiba