A menos de quinze meses da eleição presidencial de outubro de 2026, o quadro político brasileiro ganha contornos cada vez mais definidos, especialmente após o mais recente levantamento do Instituto Datafolha, realizado entre os dias 29 e 30 de julho e publicado na última semana.

Quem são os possíveis candidatos?

O atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue como grande favorito em todos os cenários testados. Entre os nomes da oposição mais frequentemente mencionados estão:

• Jair Bolsonaro (PL) – mesmo inelegível até 2030, continua sendo referencial no campo da direita.

• Filhos de Bolsonaro: Eduardo e Flávio, além da esposa Michelle aparecem em cenários alternativos
• Outros nomes com presença consistente: Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Júnior (PSD), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Romeu Zema (Novo)

O que dizem as pesquisas — Primeiro Turno

No levantamento mais recente do Datafolha:

• Lula lidera com 39% dos votos
• Jair Bolsonaro aparece com 33%

• Ratinho Júnior: 7%
• Ronaldo Caiado: 5%
• Romeu Zema: 4%

Cenários alternativos com:

• Eduardo Bolsonaro: 20%
• Flávio Bolsonaro: 18%
• Michelle Bolsonaro: 24%
• Tarcísio de Freitas: 21% 

Segundo turno — confiança de Lula

Nos confrontos entre Lula e representantes da direita:

Contra Jair Bolsonaro:

• Lula 47% x Bolsonaro 43%

Contra Tarcísio de Freitas:

• Lula 45% x Tarcísio 41% (empate técnico)

Contra Michelle Bolsonaro:

• Lula 48% x Michelle 40%

Contra outros nomes, como Eduardo, Flávio, Ratinho Jr., Caiado e Zema, Lula mantém vantagem em todos os cenários.

Lula vai concorrer?

A percepção predominante indica que 71% acreditam que Lula disputará a reeleição (48% “com certeza” e 23% “talvez”); apenas 23% afirmam que ele não disputará o pleito.

Em caso de ausência de Lula, lideram como alternativas:

Fernando Haddad (PT): citado por 29% como substituto ideal.

Geraldo Alckmin (PSB): por 26%.

Outros nomes citados incluem Simone Tebet, Rui Costa e Gleisi Hoffmann.

Análise do cenário

A liderança de Lula, em cenários reais e de substituição, sugere uma base eleitoral sólida.

A indefinição sobre a candidatura de Jair Bolsonaro – por força de liminares e inelegibilidade até 2030 – destaca a importância dos nomes alternativos da direita, sobretudo Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior, que mostram potencial em primeira e segundo turnos.

Além disso, o crescimento de Alckmin como possível opção substituta revela que o PT já considera alternativas internas caso Lula desista – ainda que este não pareça, por ora, o cenário mais provável.

Contra o relógio eleitoral

Com pouco mais de um ano para as eleições, a principal tarefa dos partidos de oposição será consolidar um nome competitivo.

Já o PT deverá cuidar não apenas da campanha, mas da mobilização para sustentar a candidatura de Lula – caso ele confirme sua participação.