sexta-feira, julho 18, 2025

Toffoli: ressarcimento do INSS ficará fora de meta fiscal e arcabouço

Com homologação de plano, pagamentos devem começar em 24 de julho

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), esclareceu nesta quarta-feira (9) que o plano do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para ressarcimento dos descontos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas poderá ficar fora da meta fiscal, além do arcabouço fiscal.

Na semana passada, Toffoli homologou o plano e autorizou que os recursos para o pagamento não entrem no limite de gastos do Novo Arcabouço Fiscal, que limita o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores.

No despacho proferido hoje, o ministro disse que os gastos também devem ficar fora da meta fiscal do governo, mecanismo previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 2001, e que leva em conta a diferença entre as receitas e as despesas do governo.

“Reexaminando os autos, verifico a necessidade de retificar erro material constante da decisão liminar de 2 de julho de 2025 para constar que a dotação orçamentária destinada ao cumprimento das obrigações objeto do acordo interinstitucional homologado seja excluída dos limites”, decidiu o ministro.

Com a homologação, os pagamentos devem começar em 24 de julho e serão feitos de 15 em 15 dias, a partir da data inicial. Cada lote deve contar com o ressarcimento de 1,5 milhão de beneficiários. Os valores serão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador da inflação.

Para ter direito a aderir ao acordo, quem foi lesado pelas associações envolvidas no esquema deverá entrar em contato diretamente com o INSS, por meio dos canais de atendimento do órgão. A adesão será voluntária.

Em contrapartida, quem entrou na Justiça para receber o ressarcimento deverá desistir da ação contra o INSS, que se compromete a pagar 5% de honorários advocatícios nas ações individuais propostas antes de 23 de abril de 2025.

O calendário completo de ressarcimento ainda será divulgado pelo INSS.

As fraudes são investigadas na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura um esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões tenham sido descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.

Até o momento, a Justiça Federal já bloqueou R$ 2,8 bilhões em bens dos investigados.

*Com informações da Agência Brasil.

Confira também...

Curitiba recebe 3ª edição da corrida solidária Run For Health

Com incentivo da Lei de Incentivo ao Esporte, a...

Entenda como fica o IOF após decisão de ministro do STF

Câmbio, crédito e previdência privada voltam a alíquotas anteriores A...

Henrique Beal assume como editor-executivo de Negócios S/A, que será transformada em revista

O jornalista e advogado Henrique Beal assumiu nesta semana...

Curitiba recebe Zé Ramalho nos dias 26 e 27 de setembro no Teatro Positivo

Após o sucesso no ano passado, nos dias 26 e 27...

Trump contra o Pix: entenda o que pode ter motivado críticas dos EUA

Sistema de pagamento brasileiro funciona desde 2020 Os Estados Unidos...

Negócios S/A

LATAM anuncia duas novas rotas para aumentar a conectividade do Paraná

Curitiba-Galeão e Foz do Iguaçu-Brasília são novos investimentos da...

Rumo abre processo seletivo para o Programa de Estágio 2025

Inscrições para vagas no Paraná, Mato Grosso e São...

Loggi e Uber anunciam serviço integrado para entregas nacionais

Lançamento do Flash Nacional, disponível pelo aplicativo da Uber,...
spot_img

Mais lidas em política

spot_img